A ideia de escrever esse post veio depois que li uma entrevista com uma psicologa sobre o assunto, como sou uma amante da literatura e defensora dos livros, achei que seria interessante dividir minha opinião com vocês, espero que gostem e compartilhem com a gente, comentando as experiências que já tiveram, ok?
Agora, me digam se tem coisa mais fofa que um bebê tentando “fazer amizade” com os livros? Eles reviram, amassam, olham, mordem, arrancam folhas… é uma explosão de sentidos para os pequenos!
Acho uma delícia quando eles começam a descobrir esse mundo! E não, eles não precisam saber ler, e nem saberão nessa idade (só se forem superdotados, mas aí é outra história, né), mas o prazer que eles tem em tentar desvendar o mistério de tantas folhas, tantas cores e texturas é incrível mesmo!
Para os bebês mesmo o legal é oferecer livros que podem acompanhá-lo em todas as aventuras: banho, hora da papinha, piscina… Qualquer hora é hora de estimulá-los a conhecer esse universo! Assim pode começar uma paixão por livros, primeiro pelo tato, depois pelas imagens e em seguida, pelas primeiras letras que logo formarão palavras e sons que ele mesmo vai descobrir! Não é o máximo esse desenvolvimento?
Me lembro de quando pequena sempre ter alguém lendo histórias para mim antes de dormir. Eram contos de fadas, de dragões, histórias sem pé nem cabeça criadas na hora por meus pais, e isso me proporcionava uma curiosidade que fazia com que desejasse ouvir mais e mais, e conforme fui crescendo, queria eu mesma descobrir a mágica naquelas páginas! Então, essa também é uma parte legal do desenvolvimento infantil, você estimular – mesmo que não curta muito o hábito da leitura – seus pequenos, ensinando-os a amar os livros e a literatura!
E tem livros incríveis nas prateleiras das livrarias, só é preciso paciência e tempo para encontrar o que mais vai agradar e cuidar também a faixa etária, para não assustá-los, claro! Se possível, quando maiorzinhos, leve-os juntos e deixem eles explorarem a livraria com vocês!
Eu acho que é um caminho que merece ser destacado, um hábito a ser inserido com vontade, desde bem bebezinhos mesmo… rasgando, mordendo, amassando! Com certeza fará diferença lá na frente, quando estiverem na escola e até quando forem adultos de opinião formada e tal!
Adoro quando as mamães preparam o quartinho dos seus bebês já com um espaço de leitura que é na verdade o mesmo espaço das brincadeiras, porque ler tem que ser divertido! Acho bem válida a ideia, espalhem almofadas, deixem caixinhas com livros à disposição deles, estando disponível, eles mesmos descobrirão o tesouro!
E vamos combinar que a variedade é tão grande hoje em dia que não tem desculpa para não fazer várias coleções para os pequenos, né! Tem livros de plástico, de pelúcia, que emitem sons, texturizados, com histórias para todas as idades e todos os gostos!
Deem uma passadinha na livraria favorita de vocês e garimpem o que tem de lançamento para eles, é uma verdadeira perdição… num ótimo sentido, claro! E transformem seus bebês em futuros leitores felizes! Parece slogan mas é a pura verdade!
Fotos: Livros Pedagógicos e Divulgação
Via: Bebê Abril
Que bacana esse posts , amei. Jana
Sempre que eu vejo algo sobre educação por aqui eu gosto de comentar, pois sou pedagoga e pesquisadora da UNICAMP, justamente sobre esse assunto: leitura, leitura de fruição (por prazer), práticas de leitura e alfabetização. Lembro que a colaboradora Raquel tinha escrito, também, um post sobre livros infantis e eu comentei sobre como ler para uma criança, reações que podem aparecer e como estimulá-lo pós leitura.
Deixo algumas dicas sobre livros para bebês:
1) Preste atenção ao material do livro, pois como está escrito, o interessante é ele poder manusear o livro a qualquer momento – então o ideal é que sejam livros atóxicos, de plástico, pano (mas esse não pode na hora da papinha ou do banho ;)) ou papelão plastificado. Por quê? Primeiro porque não oferece risco físico (leia- se machucados. E papel pode cortar, gente) ao bebê. Segundo, porque é fácil de limpar. E, terceiro, porque as páginas desses livros costumam ficar grossinhas pelo material e a mão do bebê é gordinha, assim ele pode virar as páginas sem amassá-las ou rasgá-las. Outra coisa legal, mas não necessariamente obrigatória, é o livro ter uma alça na lombada para o bebê poder carregá- lo!
2) Dê preferência aos livros que exploram texturas, cores, sons, brilhos ou algum tipo de pop up “janelinha” (aquelas que geralmente “escondem” um bichinho) ou aquelas que saltam já ao virar a página. Outros tipos de pop – ups podem entrar também, mas geralmente são de papel e é necessário puxar para algum movimento acontecer ou personagem saltar. E o bebê não tem muita noção de força e aí pode rasgar e perder a graça.
3) Essa é uma dica geral para bebês e crianças, e uma observação como professora: ao ler contos de fadas, não procure só a versão Disney. Não é legal a criança achar necessariamente que a Bela Adormecida se chama Aurora, usa vestido rosa e é loira, ou que a Bela tem cabelos castanhos. Conte a história pela história, rotular imagens e criar estereótipos não é legal.
4) Existem muitos livros legais. Mas preste atenção se ele será adequado a idade dele. (isso não é uma censura rs, mas é uma questão de que idades diferentes pedem estímulos diferentes). Uma dica (ja tinha deixado no post da Raquel) é esse site do Projeto Educar para Crescer da Abril, com sugestões por idade feitas por pedagogos: http://educarparacrescer.abril.com.br/livros/index.shtml
5) Aqui é um apelo de professora: aqueles livrinho de um real, de banca de jornal, geralmente de histórias populares (contos de fadas e folclores) NÃO É LEGAL. Estimulam muito pouco o processo cognitivo da criança. Livro bom tem autor, ilustrador e editora.
Hehehe o engraçado é que no meu grupo de pesquisa, temos uma pesquisa em andamento justamente sobre leitura com bebês: “Até quando é um livro, até quando é um brinquedo?”.
Beijos.
Ah outra dica que esqueci!!!
6) Se a criança ou bebê rabiscar o livro, não brigue! Essa é uma forma de expressar o interesse, a empolgação e apropriação q ele fez da história, juntamente sua contribuição! (as vezes eles desenham outros personagem que ficou faltando para eles ou eles próprios). Fora que é um exercício de psicomotricidade dele! Mas se ainda assim, era um livro que você queria deixar mais preservado pro futuro, elogie a arte, mas explique que nós temos que ter cuidado com o livro, porque outras pessoas vão ler e/ou em outro momento o livro vai ser lido e por causa disso, ele não pode estar sujo, rasgado e rabiscado, que nós temos que cuidar das coisas para podermos ter elas “para sempre” e para as outras pessoas também lerem. Ah se o livro é de biblioteca, sempre ensine esse cuidado a criança, mas por ser um livro de todos e não só dele.
Nossa, Thalita! Super complementou, muito obrigado!
A minha intenção era expor uma opinião bem pessoal mesmo e o que imagino e desejo para quando tiver meus bebês! Adorei a sua participação, esclareceu detalhes importantíssimos!
Acho que esse é um assunto que não se esgota, devemos sempre tentar – com responsabilidade e bom senso, claro – estimular nossos pequenos para que cresçam aprendendo a importância da leitura e da literatura (de qualidade, como você bem colocou)!
Beijo grande!
Aline, de nada!
Tudo que se refere a criança me interessa muito, foi por isso que decidi estudá- las! Rs
E gosto de dar o meu parecer como profissional para esclarecer alguns pontos que só quem trabalha com leitura, aprendizagem e criança percebe.
Infelizmente, alguns pais não sabem como lidar com algumas questões educacionais. Lêem sobre a importância da leitura, mas não sabe que livro ler para o filho (por isso gosto dessa lista do Educar para Crescer) e dão um livro que não estimula a criança e aí acha que o filho não gosta de livros. Ou compra um livro, mas não sabe como ler para o filho e dá para ele “se virar sozinho”.
Por isso acho importante a opinião de um profissional para essas orientações. Assim como o cuidado com bebês precisa da orientação de um pediatra, é interessante procurar a orientação de um pedagogo sobre como ajudar na aprendizagem e em brincadeiras com a criança.
Eu adorei o post e vi minha mãe em várias dicas. Desde crianças, eu e minha irmã fomos estimuladas a ler. Sempre houve muitos livros na estante e ela sempre nos presenteava com livros. Me lembro até hoje de alguns livros enormes e de papelão plastificado (como a Thalita indicou), que continham muitas figuras que eu amava. Assim que fui crescendo, comecei a ter livros com mais letras e menos figuras, até chegar nos livros só com letras. Até hoje amo ler e tenho certeza de que meus pais me estimularam nesse sentido.
Oi, Isabella! Ah, que bacana. É tão bom poder trazer essas lembranças e saber que esses momentos foram fundamentais para a gente hoje amar tanto os livros, amar ler, né!
Mil beijos