O amor não é uma filosofia de vida, é um movimento. Ainda não notamos o quanto de complexidade está no projeto de felicidade dentro de um relacionamento. Ninguém nos disse que uma vez dentro dele teríamos que nos abandonar por completo nele. Aliás, até nos disseram, mas achamos que era apenas uma maneira de falar. Nos sentimos soldados mal preparados diante de realidade verdadeira.
Fizeram do amor um divã para gente mal resolvida consigo mesmo. Há uma corrente que insiste em grifar que o amor resolve tudo, ou ainda que com uma pitada de bom senso, moralidade e comportamentos bem treinados fica bastante fácil equacionaremos as diferenças entre um e o outro. É mentira. É preciso mais que isso.
Isso explica porque os livros sobre relacionamentos tem vendido muito. Eles apresentam fórmulas de sucesso prometendo, às vezes, uma saudabilidade inalcançável. As fórmulas prontas do amor são esquematizados nos comportamento bem adestrados organizado em capítulos para nos fazer vender a ideia que é só aprender o modo certo de amar e aplicar.
No entanto, relacionamentos também não tratam-se de etiquetas. Gente bem resolvida é realmente alguém muito perigoso. Pessoas que simulam são as mais danosas. Aliás, nenhum relacionamento pode durar saudável quando cabe nos roteiros de cinema.
Apesar disso, algumas estatísticas confirmam o que já desconfiava. A maioria das pessoas não suporta o peso de ser artificial por muito tempo. Uma hora a máscara cai e não sobra nada além de uma papel bem desempenhado.
O amor é um ingrediente básico para o relacionamento, mas não é o principal. A maneira de se pensar no comprometimento hoje é totalmente voltado às particularidades. A busca pela felicidade pessoal e o tão sonhado amor eterno nos pressiona entre um muro de expectativas e as mazelas da realidade.
Sobretudo, o pensamento a respeito do casamento, por exemplo, é baseado como uma sociedade que serve apenas para unir forças em nome de um objetivo pessoal. É preciso mudar o conceito, as perspectivas e as regras de convívio.
Os nosso dias também não ajudam. Explico. Cada vez mais os relacionamento nascem com covas já prontas. Gente que se relaciona para “ver o que vai dar” não entendeu a que pé anda os relacionamentos. Não entendeu o objetivo e muito menos a sua finalidade.
A impressão que tenho é que há um desespero para não ficar só e ao mesmo tempo um apelo para a tão sonhada liberdade individual. Essa confusões nos deixam presos aos modelos equivocados de bom relacionamento.
O que eu sei é que o amor precisa ser um movimento, porque as filosofias de vida não podem ser sustentadas por ninguém em si mesmo. Amar nunca foi uma filosofia a ser conceituada e aplicada. Amar é movimentar-se, é ser militante do apreço, do cuidado, da entrega.
Escrito por Murillo Leal do Casal do Blog.