Hoje é o nosso dia, dia das mães. Porque toda mulher, mesmo sem filhos, é um pouco mãe de alguém.
Seja do marido, principalmente naqueles dias de gripe, quando eles ficam choramingando e reclamando de dor pela casa. A gente leva chá, remedinho e beijinhos para que ele fique bom logo. Exatamente como aprendemos com a nossa mãe.
E dos nossos bichinhos? Não adianta disfarçar, todo mundo um dia solta um “vem com a mamãe” para o seu filhote. Eles são tão carinhosos e parecem tão pequeninhos e indefesos que o nosso instinto materno aflora. Ainda mais se os bichanos ficam doentinhos, ai que dó!
E os afilhados então? São filhos que escolheram para a gente. Na hora do batizado, a gente se compromete a assumir caso os pais faltem. Mas é muito mais do que isso. No momento em que uma grávida lhe pergunta “Você quer ser madrinha do bebê?” nasce uma mãe emprestada. A gente faz planos, compra presentes, ajuda a escolher o nome e vibra a cada movimento que ele faz na barriga da mãe. E quando nasce? Não existe nada mas doce que o sorriso dado na primeira vez que se vê o pequeno, e o olhar de agradecimento aos pais por conceder este prazer imenso que é ser chamada de “dinda”.
Tias também são mães. E com uma tarefa fundamental na vida das crianças: mimar. Casa de tia é uma delícia, tem comidinhas boas, tem os primos queridos, tem coisas novas, e tem muito amor!
Vó então, nem se fala. É mãe ao quadrado. É tanto amor que a gente não sabe como cabe naquele coração. Quando elas estão mais velhinhas e mais frágeis, a gente se preocupa tanto com elas. E elas, sempre queridas, continuam se preocupando com a gente. “Leva um casaquinho”, “não vai pegar friagem”, “come mais um pouquinho, meu filho”. Frases de Vó que a gente não esquece e que temos certeza que iremos reproduzir quando for a nossa vez.
Dizem que um dos laços entre mãe e filho se forma na hora da amamentação, pelo cheiro que a mãe emana e que o bebê sente tão de pertinho, colado na pele. E dizem que essa troca acontece não só pela amamentação no peito, mas o ato de pegar o bebê no colo e alimentá-lo (mesmo se for pela mamadeira) perto do nosso corpo, sentindo nosso cheiro, cria um laço semelhante. Uma relação afetiva e de proteção que o bebê vai levar por toda a vida. Quem fez conhece o sentimento.
Então mães, sejam emprestadas ou não, comemorem muito o Dia das Mães.
Agradeçam a quem lhe gerou. Agradeçam àquelas que geraram seus sobrinhos e afilhados. Agradeçam à sogra por ceder o filho dela só um pouquinho. Recebam lambidas e muito carinho do seu pet. E nem por um único momento achem que o dia não é seu. Porque ele é sim, de todas as mulheres que se doam, todos os dias, para cuidar dos outros como só uma mãe é capaz de fazer.
Feliz Dia das Mães!
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E um Feliz Dia das Mães ao cubo para a Karen! A comemoração deste ano tem tudo para ser mais especial, com a Alice na barriga, o Rafael no colo e a Quipa sempre ao lado 🙂
Foto: Juliana Moscofian