Ninguém sabe ao certo como a tradição foi criada, mas a única coisa da qual temos certeza é de que ela surgiu aqui mesmo no Brasil com o objetivo de ajudar na lua de mel dos noivos.
A brincadeira consiste em passar a gravata usada pelo noivo entre as mesas com uma tesoura e pedir uma contribuição. Conforme as pessoas doam o dinheiro, um pedaço da gravata é dado como símbolo de premiação e sorte.
O grande problema é que a brincadeira também pode ser vista de forma deselegante pelos convidados. Muitas vezes as pessoas acabam por não andar com dinheiro, somente cartão, e algumas mulheres optam por levar somente o essencial dentro da clutch, impedindo-as de contribuir e proporcionando um certo desconforto.
Outro empecilho são as pessoas que realmente não têm dinheiro para contribuir e também não querem dar pouco para não serem mal vistas. Lembre-se: os convidados também participaram de chá-bar, chá de lingerie, lista de casamento, compraram roupa, arrumaram os cabelos, fizeram maquiagem e, muitas vezes, ainda serão convidadas para o open house.
Existem também noivos que não querem que a gravata seja cortada e mandam fazer miniaturas para serem entregues quando o convidado contribuir.
Mas para as famílias que acreditam que não passa de uma grande festa, a tradição é bem-vinda, desde que não incomode quem não quer participar e nem coloque os convidados em uma situação de “saia justa”.
Confira algumas inspirações de gravata para o grande dia:
“Something old, something new, something borrowed, something blue And a silver sixpence in her shoe”
O versinho já foi traduzido, cortado, alterado, mas não deixa de ser uma das etapas de preparativos para as noivas antes de subir ao altar. O ditado surgiu na Inglaterra por volta de 1898, época Vitoriana, quando as mulheres seguiam todos os tipos de superstições para ter boa sorte no casamento.
Desde então segue como tradição entre as noivas que não querem abusar da sorte e fazem questão de garantir que nada dê errado no grande dia. Confira abaixo o significado de cada símbolo e sugestões de como usar as peças no dia da celebração.
Algo velho (something old)
As noivas usam algo antigo no casamento para relembrar suas origens históricas e seu passado familiar. O item usado deve remeter à noiva como era a sua vida antes do casamento e principalmente ter um valor emocional.
Desde que a tradição começou era comum a noiva utilizar uma jóia da família, como um broche herdado pela avó, ou o vestido que a mãe usou no dia do casamento, por exemplo, mas hoje as mulheres começaram a inovar e usar desde fotos dos pais ou avós amarradas ao buquê até pequenos retalhos do vestido antigo na barra do modelo novo.
Algo Novo (something new)
Essa peça representa todas as novidades que acontecerão na nova vida da noiva, além de representarem boa sorte e sucesso. É uma forma de informar que a sua vida começou com o pé direito, com boas energias.
Como as noivas gostam muito de escolher as peças utilizadas durante a celebração, normalmente a peça nova acaba sendo o próprio vestido ou a lingerie. Também vale investir em jóias e um par de sapatos para serem estreados no casamento.
Algo emprestado (something borrowed)
O importante aqui é encontrar amigos ou familiares que tenham um casamento feliz ou até uma filosofia que o casal acredite que seja boa para eles e peça algo emprestado. Aqui vale de tudo: o brinco da melhor amiga, tornozeleira da prima ou o enfeite de cabelo que a irmã adora. O item também serve para lembrar a noiva de que seus amigos, padrinhos, madrinhas e familiares estarão com ela em todas as dificuldades.
Os americanos deram uma pequena mudada no conceito e transformaram o “algo emprestado” em “algo roubado”. No dia anterior ao casamento, é comum a noiva passar a noite próxima das madrinhas e surrupiar algum item nos quartos para usar durante a celebração. Depois o item é devolvido.
Algo azul (somenthing blue)
No final do século 19 era comum as mulheres subirem ao altar usando um vestido azul, pois ela representa pureza e fidelidade, além de proteger a noiva de inveja e mal olhado. Aos poucos a tradição foi evoluindo para uma pequena faixa azul no vestido e hoje qualquer item é válido.
As sugestões envolvem sapato, fita do buquê, peça íntima, cinta liga, um pequeno fitilho, detalhe do enfeite usado no cabelo ou até mesmo o nome das amigas solteiras escritas na barra do vestido.
E uma moeda de tostão no seu sapato (And a silver sixpence in her shoe)
Esse é um detalhe que muitas vezes é deixado para trás. A moeda prata no sapato representa riqueza e segurança financeira. Apesar de estar no versinho popular britânico, o costume faz parte de uma tradição escocesa que afirma que o noivo deve colocar uma moeda no sapato esquerdo para atrair boa sorte para as finanças.
Silver Sixpence é uma moeda que foi cunhada na Grã-Betanha entre 1551-1967. Ela era feita de prata e tinha o valor de seis tostões.
Ainda há quem sustente a tradição e não admite entrar na cerimônia sem observar tudo por debaixo do véu. Afinal, como decidir entre usar ou não o acessório?
Primeiramente é necessário entender a origem e as razões para o uso do véu. O primeiro uso conhecido foi datado em 13 a.C. e restringia seu uso às mulheres da aristocracia, sendo proibido entre mulheres comuns e prostitutas, pois representava um símbolo de poder e status social associado à pureza feminina. Na Grécia antiga, o véu era usado para proteger as mulheres do mau olhado ou do assédio de outros pretendentes.
No contexto religioso, o véu representa o recato feminino e sua virgindade ou, no caso do hinduísmo, a submissão diante dos homens mais velhos. Outras especulações são mais céticas e acreditam que as mulheres sempre usaram véu para se protegerem de picadas de insetos, queimaduras de sol e para potencializar o olhar sedutor.
Seja qual for a sua crença, é necessário analisar algumas questões antes de escolher o modelo, o tamanho e até mesmo se usará véu no matrimônio. Primeiramente, qual a importância que ele terá para você? Caso ele não seja indispensável, pense se a cerimônia combina com o tipo de véu que você escolheu.
Nós, Casamenteiras, fizemos uma seleção para inspirar e ajudar na busca do véu perfeito!
Véu longo:
O véu longo, que normalmente acompanha a cauda do vestido, dá um toque requintado e é recomendado para ser usado em casamentos em espaços fechados, facilitando a vida da noiva. Mais difícil de ser arrumado e mantido no lugar, o tecido do véu faz peso e pode atrapalhar penteados elaborados. Além disso, é preciso se certificar por onde a noiva anda para que ninguém pise no tecido e acabe estragando o acessório.
Véu na altura dos cotovelos:
Estilo mais usado, ele garante o charme e a feminilidade da noiva sem pesar. É recomendado para casamentos em locais fechados ou com pouco vento para garantir que permanecerá no local certo até o fim da cerimônia.
Véu na altura dos ombros: Esse estilo de véu mais moderno garante que a noiva se sinta mais livre para poder movimentar o corpo sem se preocupar com possíveis enroscos. Porém, em casamentos ao ar livre podem significar uma ameaça à maquiagem e até à ansiedade da noiva, pois ele pode “grudar” no rosto e dificultar a respiração.
Casquete:
O casquete é um véu curtinho, perfeito para quem quer seguir a tradição religiosa, mas pretende fazer a cerimônia no campo ou na praia. Sem possibilidade de enroscar ou sair voando, ele é indicado para noivas que apostam na modernidade.
Véu moderno:
Existem vários estilos de véus que se adaptam ao gosto de cada noiva. Veja na lista abaixo qual mais se adapta ao seu estilo!
É comum no oriente e principalmente na Índia, os casamentos serem celebrados durante dias, sempre com muita cor, tatuagens, brilho e festa. Aqui no Brasil não é muito comum que os casamentos sejam temáticos, apesar de hoje já estar mais difundido a ideia do DIY (faça você mesmo), possibilitando que novas ideias e novas inspirações apareçam por aí.
No entanto, já que no grande dia os noivos preferem a linha clássica e contemporânea nacional, que tal inovar no chá bar ou nos eventos que antecedem o casamento?
Em vários casos, quem organiza esse evento são as madrinhas. Bom, se você é a noiva e gostou da ideia, é só compartilhar, tá?! Se você é madrinha e também é adepta, pergunte as outras madrinhas e veja se a noiva também concorda com a ideia.
Não é muito dificil, basta usar tecidos e flores bem coloridas. Trabalhe com madeira, plantas, luz âmbar e até quem sabe umas tatuagens de henna. Abaixo as imagens de um casamento realizado em Los Angeles, mas ainda sim respeitando as tradições das famílias.
Algo antigo, algo novo, algo emprestado e algo azul. Quatro coisas, quatro histórias e muita, muita sorte! Inspiradas nessa tradição americana, tivemos a ideia de seguir esse ritual e separar algumas referências para o “algo antigo”.
Em semana de Dia das Mães, que tal entrar na igreja com um buquê embrulhado nas rendas do vestido de casamento dela?
Um gesto singelo e muito bonito, é uma boa dica para fazer aquela surpresa para a sua mãe!
{Essa noivinha incluiu um relicário com fotos dos pais. Lindo!}
Coisa mais linda esses recortes, não? Você já fez ou pretende fazer algo parecido?